Quase pensei em intitular este texto como :"Amigos Descartáveis", mas "Descartável" soa como "usar e jogar fora", mas isso não é o que pretendo transmitir. Pois bem, lá vou eu descrever esses meus "amigos do acaso".
No dia 20 de julho é comemorado o Dia do Amigo. Mas o que seria de um amigo, se não soubéssemos os que são os desconhecidos e inimigos? Como falar de um lado, sem saber do outro? Precisamos dos dois. E para início de conversa, já sabemos que muitos trocam de lado, assim como um amigo vira inimigo e um inimigo amigo...Quem sabe, talvez, ambos nunca fossem tão "amigos" ou tão inimigos", mas enfim... talvez nós também não éramos aquilo que achávamos ser.
O valor de um amigo(a), para mim, não está apenas na confiança, mas na ternura. Usar a palavra "amigo" é forte, e para mim usar demais é banal, afinal, muitos são colegas e conhecidos, bons conhecidos, mas para ser amigo mesmo é preciso algo mais; É preciso errar junto mais vezes, acertar, aventurar-se, reclamar, chamar a atenção, se fazer de responsável quando o outro não for, ou simplesmente não se fazer e se #$%¨# junto. (rsrsrs) Completar-se, ver-se no outro. Ver-se na doença e na cura de quem caminha conosco.
Os melhores amigos que eu já tive eram como espelhos, eu me via neles a todo momento e, ao mesmo tempo... eu via o mesmo tempo nos nossos olhares, nas nossas conversas, fotos, lembranças, e em muitas vontades... eram a outra pegada na areia seguindo o mesmo caminho. Mas um dia, não sei se foi o vento ou o mar, talvez foi mesmo o Tempo que apagou a outra pegada que formava o único caminho. De repente, nossas pegadas foram separadas em dois caminhos... e esses amigos, estão conquistando seus próprios horizontes, agora.
A vida é feita de ciclos e naturalmente/obviamente, nesses ciclos, há pessoas que fazem parte deles. Contudo, nem todas as pessoas que conhecemos estarão presentes em muitos dos ciclos das nossas vidas. Pensando nisto, eu apenas aprendi que quando alguém se afasta e segue seu rumo, não é cruel, mas natural. Ora e outra será assim. Olho para fotos antigas com meus amigos, algumas, dessas fotos, de meses atrás, outras de anos e sinto falta... Sinto falta porque foram muito importantes e aprendi muito, me reergui, me transformei por causa de nossos risos e ora e outra bate aquela vontade de compartilhar algo mais íntimo, algo que meus "colegas/bons conhecidos" não entenderiam tanto como um verdadeiro amigo(a) entenderia, mas agora aqueles meus bons amigos estão apenas no passado, foram importantes para determinado(s) ciclo(s) de minha vida e nada mais, nada mais.
Outros tantos apareceram na minha vida de maneira tão surreal, que nos tornamos vítimas do acaso, duraram algumas horas, alguns risos, algum tempo, ajudaram-me a organizar meus dias de alguma forma por um período, esses, foram amigos do acaso.
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