domingo, 25 de dezembro de 2011

O Próprio Tesouro

Atmosfera lúcida, espírito lúdico. Existe algo nessa relva que acolhe meus passos... Distraída, não subestime. Não finja abrigo, posso me acostumar a viver como folha ao vento.
Intocada, talvez eu procurasse entender os insetos pequeninos no jardim, só para me ver como gigante ao menos uma vez...
Creio em todas as melhores histórias, aquelas que vivem nos livros guardados nas prateleiras mais altas. Creio na liberdade dos meus passos, creio em palavras que me fazem sorrir... Queria aprender a crer em um mapa qualquer... escolher o “x” só para brincar com o fim. Brincar como uma criança que acabou de aprender a andar, que um pouco engatinha até seus brinquedos e assim, sentir o gosto de possuí-los.
[...]
Porque existe algo que encobre meu rosto, não sei se é como a brisa ou o sereno. Algo que silencia a paisagem lá fora... deixa-me como pincel de muitas vidas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Fim de Nada




Talvez eu quis cansar, para não casar...
Cansei de todo esse mistério que nos rodeia
Dessa índole que não arrisca
De palavras indefesas
De fracas defesas

De encontrar o culpado em uma história de um personagem
Passagem para qualquer viagem

Muito do nada à deriva
À deriva em um mar de poucas ideias
Odiando ter um chá-de-panela

Agarrei o céu com os olhos
Onde estão as virtudes que honrei?
Velhos títulos como reis...
Em minha mente tendo tronos
Na trama...
Fazendo-me tola

Esse lugar já fugiu de mim
Esse tempo já se esqueceu de um final feliz
Talvez eu espere mais da dúvida
do que não ter reação para tantas respostas
E achar que estarei sempre devota de tantas tramóias

Olhos abaixados,
Veem-me quando eu já nem mais quem sou
Surrupio, entreveio o escondido
Um pecado doce
Diretrizes para meu bem querer
Notas não são suficientes
Eloquentes...
Omitindo e emitindo fatos
Imitando velhos fardos
Desvanecer e resguardar o tempo
Srª letargia, desculpe-me por entorpecer-me
Só quero arquivar sentimentos
Confundir os cheiros
Aroma mais belo já foi vício
E vício que já era, mascarava a doença
Então...
Adoecia coração

Ele é meu pecado
a causa da omissão de certos fatos
Adorável fardo

(Suzy M. Hekamiah)